Immature Love - Capítulo 8

terça-feira, 13 de novembro de 2012





Passados quase dois meses em que esteve em turnê, Justin voltou para Califórnia a trabalho, pois havia questões jurídicas que precisavam ser resolvidas com seus novos advogados em uma reunião que aconteceria ainda aquela manhã.


Olhou a si mesmo no imenso espelho de seu quarto, analisando-se criticamente, porém, não ficou satisfeito com o que viu a sua frente. Estava vestido normalmente, apenas uma blusa branca de mangas curtas com o corte da gola em V sob uma jaqueta de couro preta, uma calça jeans escura sem muitos bolsos ou adornos, tênis vermelho e poucos assessórios, como um colar com o desenho de chave e um boné dos Yanks.
Contudo, havia algo em seu interior que o estava deixando ansioso, algo que fazia sentir seu coração palpitar em um ritmo mais rápido que o normal, algo desconhecido que fazia suas mãos suarem frio, e era justamente essa sensação que o fazia questionar o modo como estava vestido.

Decidiu buscar em seu armário outra roupa que se adequasse a uma reunião de negócios, onde pegou um blazer preto revestido internamente com seda; uma blusa branca de mangas cumpridas com gola alta, onde sua abertura era através de botões; uma calça preta lisa e um tênis desenhado com bolinhas brancas.

  Olhou-se mais uma vez no espelho e, então, só assim sentiu que estava pronto para deixar o quarto.
           

...


            Ao entrar na sala em que aconteceria a reunião, Justin não pôde deixar de se sentir impressionado com a incrível arquitetura. Ele estava no sexto de dez andares que o prédio possuía, em uma de muitas outras salas surpreendentes que avistara enquanto andava em direção a este local. Mas esta sala em questão, ela era magnífica! Ele observou encantado a longa parede de vidro a sua frente, onde podia-se avistar grande parte do bairro: pessoas atordoadas andando entre a grande loucura que era a movimentação dos veículos, os enormes arranha-céus beijando as nuvens branquinhas, o quase imperceptível verde das árvores distribuídas pelas calçadas nas ruas, crianças brincando enquanto corriam em uma alegria não contida com grandes balões em suas mãos num parquinho.  
            Caminhou até a grande (realmente grande) mesa de vidro no centro cercada por arenito envernizado nas bordas, e percorreu seus dedos sobre sua superfície plana onde havia alguns papéis dentro de pastas finas e transparentes  Correu os olhos pelas paredes de cinza tênue; pelos quadros de pinceladas coloridas e suaves que decoravam o ambiente; pelos vasos com plantas como espada-de-são-jorge, hera e azaleia; pelo retroprojetor a frente da grande tela branca na parede leste e sentiu-se realmente admirado por cada coisa que fazia daquele lugar tão lindo.

            — Bom dia, Sr. Bieber! Olá, Sr. Braun! – saudou um senhor com aparência de estar em seus cinquenta e poucos anos. – A Srta. Packwood virá em poucos minutos. Por favor, acomodem-se. – apontou sua mão para as cadeiras que circundavam a mesa.
            Justin e Scooter assentiram cordialmente para o homem e sentaram-se nas cadeiras de aço.
Esperaram alguns segundos até ouvir uma voz feminina familiar preencher o local. Justin instintivamente virou a cabeça em direção ao som e surpreendeu-se ao vê-la.
             
Sentiu seu corpo sucumbir e o ar faltar momentaneamente enquanto observava, hipnotizado, ela adentrar majestosamente a sala. Estava vestida num terninho cinza que acentuava as curvas de sua cintura, com seus cachos castanhos presos num pequeno e delicado coque. Tinha a compostura de uma verdadeira líder e dona de uma empresa tão grande e respeitada como a Packwood era.
Rebecca apertou a mão de seu empresário, Scooter, em forma de cumprimento, e levantou sua mão para apertar a de Justin, ele sentiu-se por um momento um pouco desnorteado, mas segurou sua mão. Quando seus dedos roçaram os dedos dela e a palma de suas mãos se tocaram, faíscas acenderam nos olhos de ambos enquanto estavam presos sob aquele momento. Tudo parecia passar em uma lentidão exacerbada  como se tudo ao redor dos dois estivessem em câmera lenta.

— É um prazer tê-lo em minha empresa, Sr. Bieber. – disse ela com muita naturalidade, desfazendo o aperto de mãos e quebrando a tensão que se formara entre os dois. Chocava-o ver como aquela garota poderia ser tão profissional. – Vamos dar início à reunião. Sra. Forwood, – virou-se para uma senhora sentada à mesa – por favor, meus papeis. 

A reunião seguiu normalmente e, entre Scooter e o Justin, quem se mostrava mais interessado era o Scooter. Reuniões como aquela eram sempre enfadonhas, evitar o sono enquanto as pessoas falavam sobre coisas as quais ele não queria ouvir era inevitável, mas neste caso, com a presença de Rebecca, Justin esquecera totalmente a real razão pela qual ele estava ali. Seus olhos estavam voltados apenas para uma única pessoa: ela. Não conseguia esconder seus olhares furtivos em direção a Rebecca, mas não se importava se alguém de fato o visse olhando para ela. Esperara tanto por aquele momento que se alguém o julgasse por estar fazendo o que estava fazendo, nada iria significar para ele.

            Inquietamente, observava-a morder os lábios e depois lambê-los; analisava o jeito como colocava as mechas de cabelos que lhe caíam sobre a face atrás da orelha; examinava como seus olhos ocultavam o orgulho sempre que algum de seus funcionários terminava suas explicações; estudava o contorno de seus lábios, a intensidade de seus olhos, o ligeiro arrebitamento de seu nariz e a leve ruborização em suas bochechas.


***


            Ao fim da reunião, Justin disse ao seu empresário que poderia ir embora se quisesse, pois ficaria para falar a sós com a Srta. Packwood. Inicialmente, Scooter arqueou as sobrancelhas num ato de estranhamento, mas decidiu deixar o local e seguir sozinho para sua casa sem questionamentos.
            Justin se voltou para Rebecca, que ainda continuava sentada á mesa revendo alguns papéis.  

            — Oi! – chamou sua atenção.

            — Oh, hey! Não esperava que você voltasse... – Levantou-se, ficando de frente a ele.

            — Pois deveria ter esperado. Como eu poderia ir embora sem dizer-lhe um mero “oi”?

            Ela olhou-o nos olhos e sorriu amplamente. Justin devolveu-lhe o sorriso, erguendo a mão para colocar a teimosa mexa de seu cabelo atrás da orelha novamente. Sem reação, Rebecca desviou os olhos rapidamente e fixou seu olhar no chão. Não estava acostumada a falar com garotos, a menos quando se tratava de negócios.
            Justin colocou a mão no queixo dela, erguendo sua cabeça para que pudesse olhar em seus olhos.

— Eu não sei como dizer isso... – começou Justin, levando suas mãos às de Rebecca, tocando-as como se fossem rosas frágeis que com apenas um toque pudessem murchar e segurando-as nas suas mãos com cautela. – Eu... eu senti sua falta. – Completou ele num balbucio, atropelando as sílabas de forma desajeitada. – Isso é tão estranho para mim. Quando eu deixei a casa da sua tia, meses atrás, não imaginei que sentiria o que estou sentindo agora.

— E como você se sente agora? – questionou ela numa voz doce. Seus lábios tentavam, sem muito sucesso, conter os cantos de seus lábios que teimavam abrirem-se em um tímido sorriso.

— Como se eu tivesse finalmente encontrado algo que estive procurando há anos. – confessou.

— Oh, Justin! – Rebecca sussurrou lançando-se em seus braços, abraçando-o com toda a força que possuía. Pelo fato de estarem tão próximos, ela pôde sentir em suas narinas a leve fragrância de seu corpo, não o perfume que usava, mas o próprio cheiro de sua pele, aquele aroma que exalava de seu próprio ser. Era tão bom estar em seus braços!

— Aceita jantar comigo esta noite?

Fechou os olhos e, ainda abraçada a ele, murmurou em seu ouvido um quase inaudível: — Sim!,


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Notas finais: Antes de tudo espero que tenham observado que este capítulo foi um pouco maior que os outros. Esta foi a forma que encontrei em desculpar-me pela demora. Irei me empenhar para que o próximo capítulo saia mais rápido, mas não faço nenhuma promessa. Desta vez não irei cobrar comentários porque estou cansada disto. Comentem se vocês acham que devem fazê-lo. 


E Júlia, eu te entendo, luvie. Não precisa se sentir a pior leitora do mundo, fico muito lisonjeada por você ainda visitar meu blog. Beijos! 


É isso, garotas, teremos um encontro do Justin e da Rebecca no próximo capítulo! 
Obrigada por lerem a fic. 
Kisses! 

5 comentários:

  1. Perfeito, e tudo bem voce demorar pra postar. Amo seu jeito incrivel de escrever, és uma doçura boneca. Adorei, continua :D @ivie_pogg

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  2. Posta logo. Eu fiquei um tempo fora, porque estava sem internet. Mas semana que vem eu volto a ler e a postar. beijos

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  3. ~~leitora nova~~ estou amnado a sua ib. Contiua logo

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  4. Esta perfeito, você escreve muito bem. Continua logo

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  5. Oiii,Débora.
    Sou a Luane Sampaio, lembra de mim (acho q n :D)
    Venho te acompanhando desde o tempo de você e mais 3 amigas(acho) sua escrevia um blog juntas.
    Estou sumida eu sei mas é por causa q comecei a namora e estava muito envolvida com ele e acabei deixando o Justin um pouco de lado, agora comecei a ir atras de noticias dele( faz um 1 ano 1 mês que estou namorando e o mesmo vem esfriando com o passar do tempo) pois agora sinto q ver fotos, ouvir a voz dele esteva sendo o meu refugio, por coincidência acabei lembrando de você e que faz tempo que não tenho noticias suas, acabo batendo uma saudade imensa das suas #IBs.
    Só ontem( na verdade foi de madrugada) li a sua IB - Immature Love e queria pedir q você poste o próximo capítulo.
    Reparei que acada dia que passa você vem escrevendo cada vez melhor, conforme você vai amadurecendo a sua escrita amadurece também.
    beijinho, senti sua falta..

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