Immature Love - Capítulo 1

sábado, 14 de julho de 2012


There will be times, we'll try and give it up,
Bursting at the seams, no doubt,
We'll almost fall apart, then burn to pieces, 
So watch them turn to dust,
But nothing will ever taint us

 
            Ouviu distraidamente o farfalhar das folhas do carvalho enquanto a brisa agradável de outono soprava entre seus cabelos assanhados. Olhando para o céu, ela admirou internamente toda aquela imensidão de estrelas que pareciam estar visivelmente mais próximas e mais vivas naquela noite. Colocou as mãos nos bolsos do seu velho jeans preto, andando despreocupadamente sem rumo algum pelas ruas vazias de Roma. Era evidente que ninguém andava por ali, ainda mais àquela hora – e agradeceu silenciosamente por isso.
Caminhou em silêncio por uma boa parte do tempo, concentrando-se somente em seus pensamentos, relembrando os sonhos de infância. Eram sonhos perdidos no tempo; alguns foram esquecidos, outros deixados de lado, outros muitas vezes simplesmente ignorados. Fazia tanto tempo que a jovem Rebecca esquecera como é sonhar, e a principal causa disso foi a trágica morte de seus pais. Ela era jovem demais para superar uma perda tão grande, contudo, com uma maturidade incrível para a sua idade, ela conseguiu se reerguer diante das barreiras que a vida a impôs. Mas as consequências dessa tragédia trouxeram frieza e um perfil calculista a essa garota, que aos treze anos se viu órfã e obrigada a cuidar do patrimônio de sua família e da irmã de sete anos sozinha. O que não foi uma tarefa fácil; a princípio se deparou com a polícia batendo em sua porta, querendo levá-las a um orfanato. E foi nessa hora que ela agradeceu sua imensa fortuna e sua experiência – ainda que fosse mínima – que adquiriu com seu pai pra tratar de assuntos delicados e que requeressem uma boa estratégia. Com a ajuda de um bom advogado conseguiu passar a sua guarda e a da sua irmã para uma tia de grau distante, que morava na Roma. Contrariando a palavra do juiz, Rebecca e a irmã não foram morar com a tia, preferiram não incomodá-la, mas iam visitá-la frequentemente.

Fazia pouco menos de duas horas que chegara de Los Angeles para visitar sua tia, e deixou sua pequena irmã aos seus cuidados para poder respirar um pouco do ar europeu. Geralmente era o que costumava fazer quando ia a Roma, ela sempre gostou de caminhar pelas ruas vazias e observar as construções, principalmente as antigas. Mas o que ela não se permitia dizer pra si mesma era que o real motivo sempre que saía sozinha era para esquecer um pouco de sua vida, viver a sua adolescência como uma garota normal, sem ter que arcar com as responsabilidades de um adulto. Às vezes era preciso um momento como esse, era preciso lembrar-se que ela tinha apenas dezesseis anos e não trinta, não tinha que ser a Rebecca matura e autoritária vinte e quatro horas.
Às vezes, ela se via pensando no que o futuro a reservava; pensava se algum dia iria encontrar alguém com quem quisesse dividir sua solidão, com quem pudesse ser ela mesma sem ter que fingir um falso sorriso. Mas tudo era tão incerto quando se tratava do futuro que ela logo refreava tais pensamentos, as estradas que construímos hoje pode nos levar a caminhos que podem ou não nos levar as ruínas, e, com certeza, ela não queria ir à ruína.

Surpreendeu-se ao ver duas figuras dobrando a esquina aos gritos, gesticulando bruscamente com as mãos um para o outro. Ambos estavam visivelmente alterados e enfurecidos. Em alerta, Rebecca freou a si mesma, escondendo-se atrás de alguns entulhos espalhados pela calçada. Ela se perguntou por que se escondera, e automaticamente respondeu a si mesma que era melhor assim, não queria ser uma intrusa espiã ou algo do tipo. Pensou que por via das dúvidas era melhor não ser vista.
Horrorizada, viu a agressão física começar, mas apenas por parte da garota, que distribuía socos no rosto, no peito e na barriga do garoto enquanto ele tentava segurar suas mãos, mas não obtinha muito sucesso. Rebecca instintivamente se pôs a frente, não podia deixar as coisas acabarem de tal modo. Entretanto antes que ela apartasse a briga, ouviu alguém gritando de um prédio, pedindo para pararem com a gritaria. Rebecca imediatamente congelou no lugar, olhando ao redor pra ver se alguém a tinha visto. Os dois tinham parado de discutir, agora estavam apenas se olhando intensamente. Parecia que faíscas iriam sair a qualquer momento daqueles olhares. Mas então tudo acabou tão rápido como começou, a garota foi embora deixando o garoto pra trás, não se importando se ele estava ou não ferido.
A reação de Rebecca foi correr até ele, queria ajudá-lo, mesmo sem saber por que estaria ajudando um estranho. Quando chegou perto o bastante para ver seu rosto, congelou em choque. Ela não acreditava que quem estava a sua frente era o Justin Bieber, o ídolo que sua irmã tanto amava e chorava oceanos, o rosto que estava em todos os cadernos da irmã, o mesmo rosto que sempre aparecia na televisão e que fazia garotas enlouquecer.
Rebecca se concentrou, deixando de lado aqueles pensamentos, e analisou os arranhões em sua face, notou que em alguns lugares sangrava. Ele apenas a olhou enquanto, lentamente, ela se aproximava.
— Seu rosto... – Rebecca não terminou a frase. – Precisa lavar esses ferimentos antes que infeccione. – disse colocando sua mão no braço do garoto e já o puxando pelas ruas.

Sem questionar, ele a acompanhou.
Enquanto seguiam caminhando, a noite obscureceu sombriamente e o tempo fechou tão repentinamente que podia-se ouvir os animais menores correndo para suas tocas. O odor de ferro e mofo adentraram as narinas de Rebecca, que, ao prever que uma tempestade não demoraria muito para rebelar-se, tratou logo de apressar os passos. 

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Notas finais: Gostaram no primeiro capítulo, meninas? Não se esqueçam de deixar um comentário, okay?
P.S. As postagens serão feitas ao passo que tiverem comentários a cada capítulo. Pode acontecer que passe uma semana sem atualização da história, mas não se preocupem, o quanto mais eu demorar significa que estarei caprichando para dar o melhor a vocês.

Enfim, é isso. Beijos ;* 

3 comentários:

  1. First! ~dança~
    AHSUASH, oi Débora! Desculpa a demora para comentar, é que ultimamente eu ando meio ocupada, por mais que esteja de férias. Continuando...
    Eu amei esse capítulo, tenho certeza que essa Fanfic vai ser incrível, assim como todas as outras! Amei de verdade, você escreve super bem! Quando sair o livro me avisa, ta? Quero ser a primeira a comprar e ainda vou querer um autógrafo seu! u.u ASHAUSH, enfim, continua, estou amando! Um beijo do Biebs! s2

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  2. nossa essa fic vai ser otima continua nossa quem foi adoida que atacou o justin?

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  3. Nossa coitado do Justin, quem é a garota que bateu nele? como ela pode?
    Continua logo, esta de mais.

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