Immature Love - Capítulo 13

sexta-feira, 3 de abril de 2015



            Era o começo da manhã quando Rebecca abrira seus olhos, os primeiros e tênues raios solares lançando um brilho sobre do quarto. Ela não conseguia dormir devido a seus pensamentos conturbados, que giravam em torno da ligação que recebera na noite anterior. Por mais que ela quisesse convencer a si mesma que aquilo não a afetava, a verdade era que quando se lembrava daquela voz grave e ameaçadora do outro lado da linha, um tremor surgia atravessando seu corpo com violência. Aquela situação estava dilacerando-a por dentro, retalhando o seu coração em pequenos pedaços que dificilmente poderiam ser unidos novamente. 
Não era fácil pensar na ideia de algo ruim acontecer a alguém que ela amava. Tanto que por precaução ela já considerava contratar seguranças que vigiariam dia e noite sua irmã e sua tia, as únicas pessoas além do Justin que amava nessa vida.
Levantando-se da cama, ela olhou-se no espelho, vendo a sua imagem refletida no vidro a sua frente ainda de camisola notara as tão familiares lágrimas caindo sobre suas bochechas. O gosto agridoce das mesmas trouxe a melancolia de recordações das quais lutava para esquecer, a morte de seus pais ainda não era um fato superado – e talvez nunca iria ser.
Enquanto banhava-se sob a água quente do chuveiro, Rebecca deixou sua mente vagar, imaginando coisas supérfluas para que não começasse a chorar outra vez. Mas foi em vão, as lágrimas teimaram em cair mesmo quando, de volta ao quarto, ela vestia o vestido florido que mais amava.
De frente ao espelho outra vez, secou seu rosto com as costas das mãos, pegou seu estojo de maquiagem e tentou amenizar o inchaço ao redor dos olhos. Mas nenhuma maquiagem poderia esconder as marcas deixadas pelo medo em seu rosto, nem as feridas em seu coração.
Perguntava a si mesma quando a felicidade finalmente abraçá-la, quando é que sua vida deixaria de ser uma triste lembrança dos horrores do passado, questionava-se quando é que ela poderia permitir a si mesma não se sentir insegura sobre tudo e todos. Quando o Justin aparecera em sua vida, ela pensou pela a primeira vez desde a morte de seus pais que a felicidade estava finalmente batendo em sua porta, mas os acontecimentos da noite passada – o telefonema, mais especificamente – deixara claro que ela estava errada, afinal. Foi justamente ele que trouxera mais problemas para a sua vida.

O som de uma batida na porta preencheu o quarto, seguido pela voz de sua governanta falando numa tom suave:
— Rebecca, querida? 
— Sim, Marie? – respondeu tentando ocultar a voz embargada.
— O Justin chegou.
O anúncio fez o coração de Rebecca acelerar.
— Por favor, diga a ele que já estou descendo.
— Certo. – disse Marie, caminhando em passos apressados de volta a escada.

Durante toda a madrugada Rebecca refletiu sobre sua situação, não queria acreditar que existia alguém covarde o bastante para ameaçar uma pessoa através do telefone, e não queria acreditar menos ainda na decisão que havia tomado: iria acabar as coisas com o Justin. O que quer que eles tivessem, ela iria pôr um fim naquela manhã.

Rebecca olhou-se uma última vez no espelho antes de erguer a cabeça e sair do quarto. Mas ao descer as escadas, ela acabou dando de encontro com o Justin esperando-a na base da mesma.
Olhar para ele renovou suas forças, ver aquele sorriso enquanto o mesmo estendia sua mão no ar para ajuda-la a descer, ouvir sua voz rouca dizer: “Você está linda” junto a um pequeno sorriso malicioso, tudo isso mostrava que qualquer sofrimento valia a pena para tê-lo. E foi naquele momento que ela percebeu que nunca seria capaz de deixa-lo.

— Está tudo bem, amor? Você estava chorando? – Sua feição adquiriu uma expressão aflita.
— Não é nada.
— Eu sinto que há algo errado. – Ele a envolveu em um abraço, descansando a cabeça dela contra seu peito. – Tudo o que eu não quero é te ver sofrer.
— Não precisa se preocupar, está tudo bem. – Ela tentou sorrir, mas a tentativa foi falha. Contudo, seu sorriso sem graça pareceu convencer o Justin.
 Mesmo sentindo que poderia explodir em lágrimas a qualquer momento, ela deixou-se guiar por ele porta a fora.

           
***


            O lugar em que ele a levou era perfeito para desfrutar de uma manhã ensolarada como aquela. Com uma grama verde recém-molhada e um céu ensolarado, o ar era ameno. Havia um lago de águas claras mais à frente. E a direção que Justin estava tomando sugeria que ele estava indo justamente para as margens do lago.
            Havia alguns homens empurrando um barco branco visivelmente maltratado pelo tempo para dentro da água. Eles olharam pra cima e acenaram quando avistaram Justin chegar. Rebecca olhou para ele visivelmente confusa. Um passeio de barco?

Enquanto Justin a ajudava a subir no barco, ela ponderou sobre a frase “O amor não é uma fraqueza” que estava escrita em um vermelho desbotado na lateral do barco. E de fato não era. Mas até que ponto ela poderia amar sem que esse sentimento se transformasse em uma ameaça?

— Você fica linda quando está pensativa. – Justin disse de repente. Só então ela percebeu que o barco já se encontrava em movimento. – Que tal compartilhar seus pensamentos comigo, huh? – Ele sorriu. Sob o brilho do sol, os olhos dele, antes castanho claro, agora adquiriam uma cor puxada para castanho esverdeado, assim como seus cabelos também ficavam alguns tons mais claros com os raios solares que se infiltravam nos seus finos fios. Rebecca não pode deixar de contemplar sua beleza, aqueles pequenos traços em seu rosto que fazia dele incrivelmente lindo.

            Justin remou até que o barco estivesse consideravelmente longe da terra. Então ele pegou as mãos de Rebecca nas suas e ficou encarando-as. Mas ele, que sempre aparentava estar confortável com toda e qualquer situação, parecia estranhamente nervoso por alguma razão desconhecida naquele momento.

— Acho que agora é a minha vez de perguntar se está tudo bem. – Rebecca disse, entortando a cabeça para o lado enquanto o analisava.
— Por quê?
— Você ficou um pouco estranho de uma hora pra outra.

Ele baixou a cabeça, tomando fôlego, e quando voltou a falar sua voz estava rouca.

— É que ultimamente eu tenho me questionado com quem eu desejo estar nos meus últimos dias de vida, e a única pessoa que me vem à mente é você. – Ele baixou a cabeça novamente e sorriu. – E apesar de eu ser mais velho e ter mais experiência em relacionamentos, quando se trata de amor eu sou tão imaturo quanto você. Eu nunca amei ninguém como eu amo a você.


So give me a chance,
'Cause you're all I need girl
Spend a week with your boy
I'll be calling you my girlfriend
If I was your man, I'd never leave you girl
I just want to love you, and treat you right



— Rebecca, – ele segurou suas mãos com mais força naquele momento, olhando-a fixamente nos olhos – você aceita ser minha namorada?

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Notas finais: Yeah! Depois de mais de um ano finalmente postei a continuação de Immature Love kkkk
Eu tinha esse capítulo pronto faz algum tempo, mas não queria postar antes de terminar a fanfic inteira. Mas acontece que eu não sei quando vou terminar (não sei se eu vou sequer terminar algum dia), então resolvi num ato de insanidade postar isso logo. É mais de uma hora da madrugada e eu tô com sono, então não tentem me entender kkkk

Quero agradecer a Amanda, que me pediu várias vezes através do tumblr para que eu continuasse a história. Muito obrigada, flor, você me motivou bastante.
Quero agradecer também a Camila Ferreira, que fez meus olhos marejarem depois de ler o comentário dela. E se não for muito tarde, quero também divulgar o blog dela, então pra quem quiser conferir só basta clicar aqui

Enfim... é isso! 

Beijos!! :*
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Immature Love - Capítulo 12

sábado, 10 de agosto de 2013



                Enquanto caminhava através do corredor daquele hotel, Justin desejava encarecidamente que pudesse voltar no tempo e modificar seu passado. Contudo, o fato de não poder fazê-lo significava que o mesmo precisava aprender com seus próprios erros para não vir a cometê-los outra vez. E foi justamente naquele corredor que o mesmo prometeu a si mesmo andar sobre os trilhos dali em diante, pensar e repensar várias vezes se necessário antes de fazer algo, por menor que seu ato seja.

                Parou diante da porta do quarto de número 57, onde deu uma célere batida.
               
                — Já esperava por você. – Disse Mandy ao abrir a porta e constatar quem era. – Por favor, entre. – Ofereceu-lhe um sorriso cortês.
                — Imagino que saiba o porquê de eu ter vindo aqui.
                — Sim, claro.
— Sobre o bebê, por que eu deveria acreditar que ele é realmente meu?
— Confesso que estive com você porque a nossa relação diante da mídia me daria privilégios, mas um erro que eu nunca cometi foi o adultério. Trair nunca fez parte do meu estilo de vida, até porque eu seria muito burra em fazer isso com você, já que nossas vidas eram vigiadas vinte e quatro horas por dia, e se isso viesse de fato a acontecer algum dia, a qualquer momento isso seria exposto ao público. Mas se você precisar de uma prova, peço pelo menos que espere o bebê nascer para fazer o exame de DNA.
                Justin a analisou, ela parecia estar falando a verdade, seus olhos não piscaram nervosamente como quando ela mentia.
— Tudo bem. – disse por fim, entregando-se de vez. No fundo, gostava da ideia de ser pai. – Com quantos meses você está?
— Dois.
— E quando descobriu?
— Faz algum tempo, mas não te procurei antes porque queria ter certeza.
— Certo – Pendeu a cabeça para um lado, refletindo sobre o assunto. Não era da natureza da Mandy esperar tanto tempo para contar uma notícia tão impactante quanto aquela, mas ele preferiu pensar melhor nessa questão outra hora. – Bem, agora eu vou indo. Tenho que me encontrar com a Rebecca.
— Você está realmente apaixonado por ela, não é?
— Sim, e como nunca estive antes. – sorriu – Até mais, Mandy.



***


Rebecca nunca sentira tanta ansiedade para ver alguém como sentia naquele momento. Seu coração palpitava mais forte sempre que ouvia um carro passar em frente a sua casa, imaginando que fosse ele.
Quando finalmente escutou o toque da campainha, saltou do sofá e foi abrir a porta.

— Oi, linda! – Cumprimentou, inclinando-se sobre ela para beijá-la.
— Vem. – Interrompendo o beijo, ela puxou-lhe pela mão para dentro da casa. – Há um paparazzi aí fora.
— Um paparazzi? – Sua face passou de uma expressão confusa à raiva quando ele passou seu olhar através do jardim que cercava a mansão, encontrando um cara segurando uma câmera, tentando se esconder atrás de uma árvore, a alguns quilômetros de distância dos dois. – Como eles conseguem ser tão importunos? – Resmungou irritado enquanto fechava a porta.
— Sabia que você fica muito fofo quando está com raiva?
— E você é uma boba. – Puxando-a pela cintura, ele extinguiu toda e qualquer distância que havia entre os seus corpos, unindo seus lábios em um beijo repleto de luxúria. Não havia dúvida alguma de que, naquele momento, um ansiava ao outro com a mesma intensidade. Era inquestionável que o amor estava presente, mesmo que ainda de forma tênue e quase desconhecida por parte dos dois.

— Amanhã será um dia especial. – sussurrou depois de algum tempo.
— Oh, é? E por quê?
—Não seja tão curiosa, espere e verá. – disse dando-lhe uma piscadela.
—Certo. – revirou os olhos.
— Te vejo amanhã. – disse beijando-lhe os lábios pela última vez antes de partir.

                Rebecca assistiu-o se afastar enquanto o mesmo caminhava até onde estacionara seu carro. Estava imensamente feliz por finalmente as coisas começarem a dar certo em sua vida. Era fascinante a forma como tudo estava entrando nos eixos, pelo menos por alguns instantes…

                Sentiu o celular vibrar no bolso e pegou-o para atender.

— Alô?
—Fique longe do Justin. – Ameaçou a voz da outra linha.
— O quê? Quem está falando?  – Questionou perplexa.
— Você está andando em direção a morte. – rosnou a voz.
— Que tipo de brincadeira sem graça é essa?
            — Se você for inteligente, irá se afastar do Justin antes que algo aconteça a você ou a sua família.


                E então o silêncio tomou conta da outra linha.  


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Notas: Oi, leitoras lindas! Primeiramente eu quero me desculpar por toda essa demora, minha criatividade sumiu durante esse tempo, até mesmo nas férias. E esse capítulo ficou tão pequeno e ruim, mas como eu não conseguia melhorá-lo, o postei mesmo assim porque não queria demorar mais do que já demorei. 

Eu tô além de sem ânimo, sem tempo e sem criatividade pra escrever essa fic, então decidi terminá-la mais cedo. Sendo assim, talvez o capítulo 15 ou 16 seja o último.

Obrigada pelos comentários na última postagem.

Amo vocês! ;*
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